Há coisas pelas quais esperamos uma vida inteira…Mas quando pensamos que as encontrámos, elas fogem-nos por entre os dedos!
Deixam a sua marca invisível, bem carregada na nossa mente e no nosso coração… Depois acabamos sempre por ficar a pensar “no que foi que eu errei??? Não o amei o bastante??? Será que o desprezei de alguma forma??? Alguma vez lhe faltei ao respeito ou lhe fui infiel??!! Devia ter feito mais isto, deveria ter feito mais aquilo??? Ou não devia ter sido tão chata??!!! Ou devia de ter emagrecido para que não tivesse vergonha de andar comigo na rua!!! etc.”, ficamos sempre a pensar que se não deu certo, foi por NOSSA culpa…
Mas julgo que me falta alguma peça para completar e compreender o puzzle das relações… O porquê de uma pessoa pedir namoro à outra, as condições que isso implica, etc… Enfim, bases para construir uma vida sólida a dois!
Eu acho que a população em geral sofre de amor/afecto não correspondido (onde uma das partes ama a outra de tal forma que daria a sua vida e/ou a sua felicidade para ver a outra pessoa feliz, mesmo que isso significasse um sofrimento quase insuportável, mas como iria resultar na felicidade da pessoa amada, faz-se as coisas mais atrozes a nós mesmos e deixamos andar o barco, tudo em nome do amor que sentimos pela outra pessoa, mas o que é triste nesta situação é que para a outra parte só apenas existe uma atracão física ou uma necessidade de satisfazer a carência sexual e emocional que se tem e se por acaso a outra pessoa desenvolve algum sentimento mais nobre em relação a ela, não é problema dela, não tem culpa nenhuma, porque o que havia entre eles era pura e simplesmente um “aliviar do stress sexual”, tal como foi acordado entre ambas as parte, sim, porque nestes casos começa-se sempre por ser umas cambalhotas aqui e ali, as chamadas amizades coloridas, o pior é quando uma das partes não se fica pela amizade colorida! Aí borra-se a pintura toda!), anda meio mundo à procura do outro meio mundo certo, mas andam à procura da forma errada, pois andam a usar este/a e aquele/a como se de um simples par de meias se trata-se e quando notam que “afinal este/a não serve” trocam-no/a, por um par todo xptó e numa versão mais nova, mas não olham para trás a recordar “as noites em que lhes aqueceu os pés!”, mas também existe aqueles casos em que quando finalmente encontram aquele/a mesmo certo/a… Ele/a faz exactamente o que ele/a tem andado a fazer (ás outras pessoas) e troca-nos por outra coisa! (O que eu acho que é muito BEM FEITA!!! Para sentirem na pele o que é ser desrespeitado [no mínimo] dessa forma).
Eu tento não deixar nada escapar-me por entre os dedos, mesmo que me marque, eu prefiro ficar no mínimo com uma boa amizade, pois sei que a outra pessoa será muito mais feliz na companhia de quem quer!
Porque se virmos bem… Do que adianta “prendermos” uma pessoa ao nosso lado se na realidade ela queria estar noutro, assim nunca nenhuma das partes será feliz e o que se ganha com isso???
Nada…
Uma vez disseram-me esta frase: “Amar e não ser amado” e pediram-me para lhe indicar qual o tempo do verbo da frase e eu respondi, ele disse-me que estava mal e eu perguntei-lhe porquê? ….
(Fiquei abismada com a resposta)
Ele então disse-me: O tempo da frase “amar e não ser amado”… É um tempo perdido!
E com muita pena minha, ele tinha toda a razão!